Branqueamento de corais no sul da Bahia pode alterar vida marítima

Comparativo ocorrido no litoral de Porto Seguro
Jornal do Brasil

Segundo os pesquisadores do Coral Vivo, projeto patrocinado pela Petrobras, os corais da costa brasileiratêm 90% de chance de apresentar branqueamento até o mês de maio deste ano. Fatores como aquecimento e poluição da água do mar são as principais causas. 

Os recifes servem como local de reprodução, além de fornecer abrigo e alimento para diversas espécies. Os branqueamentos são causados por "fatores como poluição, acidificação e aquecimento da água do mar, que geram um estresse a essas formações, e quanto mais intenso e duradouro ele for, maior a chance da colônia de corais adoecer e morrer", alerta o biólogo Clóvis Castro, coordenador geral do Projeto Coral Vivo. 

Os pesquisadores do Projeto Coral Vivo estão atentos aos dados distribuídos pelo NOAA (serviço oceanográfico e atmosférico do governo americano) sobre a possibilidade de branqueamento de corais na costa brasileira até maio deste ano. Os mapas gerados atualmente apontam Alerta Nível 2 para o Sul da Bahia e Búzios, e Alerta Nível 3 se aproximando de Búzios. 

Há 4 níveis de alerta, explica o geólogo José Carlos Seoane, professor do Instituto de Geociências da UFRJ e membro da Rede de Pesquisas Coral Vivo. "Os níveis flutuam diariamente, com o objetivo de acompanhar as mudanças e variações. Quando tudo está normal, não há alerta. Quando se atinge o alerta máximo, o branqueamento passa a ser quase certo.”

“Todos os dias, os satélites adquirem informações sobre a temperatura da superfície do mar. A confiança da previsão é de 90%, e estamos observando continuamente”, completa o professor. (Matéria originalmente publicada pelo Jornal do Brasil)